sexta-feira, 13 de março de 2009

Aleluia! Enfim, uma proposta da oposição para a crise

Enfim, uma "grande" proposta da oposição para o Brasil enfrentar e sair da crise! Montar um Grupo de Trabalho, um "gabinete de crise", já que o governo, nas palavras do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), não tem “foco”.
É uma proposta bem típica dos tucanos, que até agora não apresentaram ao país, ou ao Congresso Nacional, nem uma mísera lei ordinária, ou uma simples medida para o país enfrentar essa turbulência.
Pior, nos Estados que governam, os mais afetados pela crise, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, não formaram nenhum "gabinete de crise" e muito menos tomaram alguma decisão de peso. Sequer convocaram a sociedade ou a oposição para discutir a crise.
Aliás, dois governadores-presidenciáveis deles para 2010, o de São Paulo, José Serra, e o de Minas, Aécio Neves, esperaram exatos seis meses para apresentar pífios planos anticrise, e ainda por cima, cópias dos adotados pelo governo federal - mas pífios, porque menos arrojados e em escala muito menor.
Sendo que em São Paulo se concentram os piores efeitos da crise no país - 44% dos desempregados do Brasil estão no Estado - e a economia de Minas também vem sendo afetada por ela. Da governadora gaúcha, Yeda Crusius, então, nem se pode dizer nada: não apresentou coisa nenhuma anticrise, talvez por falta de tempo, porque seu governo vive envolvido em um mar de denúncias de irregularidades.

Nesse período - os danos da crise começaram a ser mais sentidos no Brasil a partir de setembro - também se mantiveram no mais conveniente e oportunista silêncio: não é que não adotaram medidas, fugiram de qualquer risco e sequer apresentaram sugestões para discussão sobre a turbulência.

Jeito tucano de ser!

terça-feira, 10 de março de 2009

Serra e Aécio boicotam construção de 1 milhão de moradias populares

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reuniu na última terça-feira (3) os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do Paraná, Roberto Requião, de São Paulo, José Serra e de Minas Gerais, Aécio Neves, para uma reunião com o objetivo de apresentar a proposta do governo federal de construir um milhão de moradias até 2010. Participaram da reunião, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Paulo Bernardo, e das Cidades, Márcio Fortes.

O projeto prevê que estados e municípios disponibilizem terrenos e a Caixa Econômica Federal e demais bancos, com recursos da poupança, financiem os imóveis. O governo sugeriu aos governos estaduais a promoverem medidas de incentivo para a compra de materiais de construção. Outra medida do projeto, além da redução de impostos, é acabar com o seguro cobrado de pessoas idosas. Este seguro torna as casas 37% mais caras para as pessoas com mais de 60 anos.

Segundo Dilma Rousseff, o programa prevê a concessão de subsídio integral (redução total de custos) no financiamento da casa própria - pela Caixa Econômica Federal -para a população com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 1.395). Sérgio Cabral elogiou a iniciativa do governo e disse que o projeto é ousado, ressaltando que as prestações terão valor “simbólico”. O total do financiamento subsidiado poderá ficar em até 10 salários mínimos (R$ 4.650).

Para Roberto Requião, “a proposta é muito boa. Ficou claro que os recursos existem e podem ser liberados”. O governador dor lembrou que o custo das casas no Paraná é até três vezes menor do que em São Paulo. Por isso, ele defendeu que sejam criados vários modelos habitacionais dentro do programa.

Os governadores José Serra e Aécio Neves criticaram o projeto e disseram que não pretendem implementar os incentivos fiscais em seus estados. Aécio listou vários obstáculos para construir casas em Minas até 2010 e chegou a pedir que os recursos fossem repassados para os governadores ao invés de serem enviados diretamente para os municípios. “Nada contra a paternidade do projeto”, disse.

67% dos brasileiros votariam em mulher para presidente, diz Ibope

SÃO PAULO - Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), feita em conjunto com o Instituto Patrícia Galvão e o Cultura Data, apontou que 90% dos brasileiros elegeriam uma mulher para cargo público. Desse grupo, 74% votariam em uma mulher para prefeito, governador ou presidente, o que, do total, corresponde a 67% dos brasileiros. A pesquisa foi realizada entre os dias 13 a 17 de fevereiro, com 2.002 entrevistas em 142 municípios de todas as regiões do País.
A pesquisa ainda aponta que, para 83% dos entrevistados, a presença de mulheres no poder "melhora a política". Na opinião de 75% deles, só há democracia, de fato, se elas estiverem nas várias instâncias de Poder. Já para 73% dos brasileiros a população ganha com a eleição de um maior número de mulheres. O apoio à presença feminina no panorama político nacional foi constatado em todos os segmentos da amostra, tanto demográficos como regionais.
Como na maior parte dos países latino-americanos, a legislação eleitoral brasileira garante às mulheres participação de 30% nas listas de candidatos dos partidos políticos. No entanto, a pesquisa do Ibope indica que, dentre as nações que oferecem cotas para mulheres, o Brasil tem o pior resultado entre o número de eleitas.
Na década de 90, por exemplo, as mulheres representavam 10,8% dos parlamentares da América Latina. A partir de 2000, após a adoção de políticas de cotas em vários países, o índice saltou para 18,5%. Argentina e Costa Rica apresentaram os melhores resultados: passaram de 6% e 14% para 38,3% e 36,8%, respectivamente. Segundo os pesquisadores do Ibope, diferente dos outros países latino-americanos, a lei de cotas brasileira não estabelece sanção para os partidos políticos que não cumprem a legislação.
Critério racial
A pesquisa do Ibope também levou em conta o critério racial no voto do brasileiro e 77% dos entrevistados afirmaram que votariam em um homem negro e 75% elegeriam uma mulher negra para qualquer cargo público, número maior dos que votariam em mulheres de qualquer raça.
De acordo com o instituto, o impacto da eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos pode ter interferido nas respostas. Ainda assim, a predisposição em votar em candidatos negros para qualquer cargo é maior do que em votar, genericamente, em mulheres.