sábado, 24 de julho de 2010

Excelente análise.Com a palavra Sandra Curô


Bem , depois de me desintoxicar um pouco deste mundo de manipulação e propaganda, acho que é possível, de maneira bem calma e racional, mostrar a vocês como o Datafolha perdeu qualquer compromisso com a ciência estatística e passou a funcionar com uma arrogância que não se sustenta ao menor dos exames que se faça sobre os resultados que apresenta.

A primeira coisa que salta aos olhos é o problema gerado pela definição da área de abrangência e, por consequencia, da amostra. Ao contrário do que vinha fazendo nas últimas pesquisas, o Datafolha conjugou pesquisas estaduais e uma pesquisa nacional.

O resultado é um monstrengo, uma verdadeira barbaridade estatística. E as provas estão todas no site do TSE ao alcance de qualquer pessoa. E do próprio Tribunal e do Ministério Público Eleitoral.

Vejamos a mecânica da monstrengo produzido pelo Datafolha.

Dia 16 de julho, o Datafolha (já usando esta razão social e não mais Banco de Dados São Paulo, como usava antes) registrou, sob o número 19.890/ 2010, uma pesquisa nacional de intenção para presidente. Nela, ao relatar a metodologia, o instituto abandonou os critérios tradicionais de distribuição da pouplação brasileira e “expandiu” as amostras dois oito estados.

No próprio registro há a explicação: “Nessa amostra, os tamanhos dos estratos foram desproporcionalizados para permitir detalhamento de algumas unidades da federação (UF´s) e suas capitais. Nos resultados finais, as corretas proporções serão restabelecidas através de ponderação. A amostra nos estados em que não houve expansão foi desenhada para um total de 2500 questionários.

E quantos somavam os “estratos desproporcionalizados”? Está lá: As UF´s onde houve expansão da amostra foram: SP-2040 entrevistas (1080 na capital), RJ-1240 entrevistas (650 na capital), MG-1250 entrevistas (400 na capital) , RS-1190 entrevistas (400 na capital), PR-1200 entrevistas (400 na capital), DF-690 entrevistas, BA-1060 entrevistas (400 na capital), PE-1080 entrevistas(400 na capital). A soma, portanto dá 9750 entrevistas, de um total de 10.730.

Logo, sobraram para todos os 19 demais estados brasileiros 980 entrevistas.

Qualquer estudante de estatística sabe que você não pode misturar critérios de amostragem para partes do mesmo universo e, no final, “ponderar” pelo peso de cada uma destes segmentos no total. Da mesma forma que não se pode pegar uma parte de uma amostra nacional e dizer que, no Estado X, o resultado é Y.

O resultado será viciado pela base amostral distorcida.

Mas o Datafolha não parou aí. Esta pesquisa “nacional” (protocolo 19.890/2010) foi registrada tendo como contratantes a Folha e a Globo, com o valor de R$ 194 mil. Cada uma dos ” estratos desproporcionalizados” foi registrado, no dia 19 último, como uma pesquisa “separada”. Veja:

Protocolo 20158/2010 - Paraná, 1.200 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Sociedade Rádio Emissora Paranaense S/A. por R$ 76 mil;

Protocolo 20125/2010 - Distrito Federal, 690 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 70.900;

Protocolo 20141/2010 - Rio Grande do Sul , 1.190 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A por R$ 68 mil;

Protocolo 20124/2010 - Bahia , 1.060 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. por R$ 80.258;

Protocolo 20164/2010 - São Paulo , 2.040 entrevistas, contratada pela Empresa Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 74.100 (mais que o dobro por entrevista que na Bahia).

Protocolo 20140/2010 - Pernambuco , 1.080 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 65 mil;

Protocolo 20132/2010 - Minas Gerais , 1.250 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 80 mil;

Protocolo 20161/2010 - Minas Gerais , 1.240 entrevistas, contratada pela Folha da Manhã S/A. e Globo Comunicação e Participações S/A. por R$ 68 mil.

Somando todos os valores declarados de contratação chega-se à bagatela de R$ 776.258 reais. Interessante, não?

Mais interessante ainda é o fato de que, nos protocolos listados acima, que você pode consultar na página do TSE , preenchendo o número correspondente, o Datafolha nem sequer se preocupou em depositar, como manda a lei, o questionário específico. Fez como o Serra, que mandou entregar no Tribunal ,como programa, o discurso que fez na convenção. Colocou uma cópia do questionário “nacional”, onde não há perguntas sobre candidatos a governador ou senador.

O Datafolha trata as exigências legais como um “detalhezinho” sem importância, “vende” a mesma pesquisa em nove contratos diferentes – seria bom ver os recibos destes pagamentos, não? – e deposita questionários imcompletos, aos lotes.

Portanto, a análise da pesquisa Datafolha não deve ser estatística. Deve ser jurídica. O douto Ministério Público Eleitoral, que não aceita intimidações de quem quer que seja, bem que poderia abrir um procedimento para apurar todos os fatos que, com detalhes, estão narrados acima. Tijolaço.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Serra está se cagando de medo


Dilma está sendo até econômica nas palavras quando diz que Serra está com medo de perder a eleição.Serra não está apenas com medo, Serra está se cagando de medo de perder a eleição, e sabe que vai perder, por isso fica acusando o PT de pregar mentiras.Quando o PT diz que Serra vai privatizar o Banco do Brasil, a CEF, o BNDES, a PETROBRAS é por que os tucanos só pensam em privatização, Serra, enquanto ministro de FHC, era defensor das privatizações do partimônio público, fato este confirmado pelo patrão, Serra no governo de São Paulo só não vendeu a Nossa Caixa ao Bradesco ou afins, porque Lula intreveio e mandou o BB comprar a Nossa Caixa.Serra só não vendeu a DERSA porque faltou comprador no leilão.No mais:o grande mentiroso é Serra, que mente quando diz que criou o FAT, o Seguro-Desemprego, os remédio genéricos, o SUS e mais.

domingo, 18 de julho de 2010

Doutora Sandra não tem jeito




À Folha de São Paulo, disse a procuradora sandra curió: o PSDB tem demonstrado mais zelo e respeito à Lei Eleitoral do que o PT.


Esta senhora é, definitivamente, uma desequilibrada.


Só na casa do caralho o PSDB tem demonstrado mais zelo e respeito à Lei Eleitoral que o PT.


O PSDB foi o único partido a colocar José Serra estrelando o programa partidário de 4 partidos.Fato essse que é terminantemente proibido pela Lei Eleitoral.


Serra participou dos programas partidários do DEM, do PPS, do PTB e do próprio PSDB.Só não participou do programa partidário do PV porque este partido tem Marina como candidata.lembrem-se que a participação de Serra foi tão escandalosa que quem produziu os programas desses partidecos de alugueis citados foi o marqueteiro dele.


Portanto, se uma partido violou flagrantemente à Lei Eleitoral foi o PSDB.Aquilo que foi violação da Lei Eleitoral.


O que o PT fez foi fichinha em se comparando com o PSDB.


Nessa afirmação de sandra estar explicado porque ela não entrou com representação contra Serra, contra o DEM.Lembrem-se também que quem entrou com representação contra o DEM, quase um mês após o programa partidário, foi o Procurador Geral da República, que assim agiu mais por pressão do que por convencimento.


Até hoje não sei porque o Conselho Nacional do Ministério Público não afastou essa senhora da função de sub-procuradora eleitoral.É mais claro que a luz do sol a parcialidade dessa procuradora.


A senhora Sandra não tem equilíbrio para desempenhar tão relevante função.


O que essa senhora vem fazendo na condução da fiscalização da eleição presidencial só se compara com as decisões de Gilmar Mendes em benefício de Daniel Dantas.Essa história todo mundo conhece de cor e salteado.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Serra pede ‘desculpas’ à Globo




Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual

José Serra, candidato do PSDB à presidência esteve nesta quarta-feira (14) na UGT (União Geral dos Trabalhadores). A única central que não esteve no encontro dos trabalhadores no início de junho.

Serra foi vaiado uma única vez, quando falou sobre o Corinthians, arquirrival de seu time do coração, o Palmeiras. Mas tampouco arrancou suspiros. A cada frase do candidato, manifestações e gritos espalhados pelo auditório tentavam “dialogar” com o candidato. Se o tema era educação, os burburinhos lembravam das mazelas da área em São Paulo. Se a questão era concessão de rodovias, lembravam que o termo sinônimo de privatização, palavra da qual Serra foge a todo custo. Se eram críticas ao custo de transporte, a queixa era em relação aos pedágios.

Mas nem isso causou mais estranheza do que o pedido de desculpas do candidato a um jornalista da Rede Globo, Fabio Turci. O repórter havia feito uma pergunta sobre juros que desagradou o candidato.

Serra emendou: “De onde você é?”

Turci: “Da Rede Globo.”

“Ah, então desculpas.”

Um repórter ao lado não aguentou: “Você ouviu essa? Ele pediu desculpas porque o cara é da Globo”.

Serra e sua prepotência




Curioso é que ó PT é acusado de querer controlar a mídia, no entanto, José Serra é quem controla a mídia, todo dia.Se eu fosse esse jornalista que fez a pergunta sobre pesquisa teria mandado Serra tomar no cu(isso mesmo, desculpem-me). O escroque é arrogante, prepotente até dizer basta.Indigna-me muito a subserviência do PiG e de seus sabujos.Definitivamente, todos foram comprados pelo tucano Serra.

Aloprada quer tirar Dilma da disputa


A procuradora aloprada, que parece não ter nada para fazer, está querendo brincar com fogo.Tirar Dilma da campanha é o mesmo que cassar o mandato de Lula e o povo não vai deixar isso acontecer, nem que o sangue dê no meio da canela.Vai, procuradorzinha de merda, tenta, vai!.Engraçado que Serra violentou a legislação eleitoral na cara dessa porra-louca, dessa almadiçoada, mal-amada, no entanto, essa cara de cloaca lisa(observe a cara da infeliz) não fez nada contra o tucano.

PERGUNTAS QUE INCOMODARAM O PSDB NA PESQUISA

Veja as perguntas que foram feitas na pesquisa

ANASTASIA
“O Sr (a) tem conhecimento, ou ouviu falar, de que Antonio Anastasia foi vice-governador de Aécio Neves e é o atual governador de Minas Gerais, sendo o candidato a governador do PSDB indicado e apoiado por Aécio Neves?”

HÉLIO COSTA
“O Sr (a) tem conhecimento, ou ouviu falar, de que Hélio Costa, ex-ministro das Comunicações de Lula, é o candidato a governador da coligação formada entre o PMDB e o PT, indicado e apoiado por Lula, tendo Patrus Ananias do PT, ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro do Bolsa Família, como candidato a vice-governador na chapa da coligação do PMDB com o PT?”


Anastasia é o candidato do PSDB, foi o vice governador de Aécio Neves, é o candidato apoiado por Aécio Neves. Tudo é verdade, é fato.
Hélio Costa é o candidato indicado e apoiado por Lula, é da coligação PT - PMDB, foi ministro de Comunicação do governo Lula. Seu vice Patrus Ananias foi prefeito de BH, foi ministro do Bolsa Família no governo Lula. Tudo é verdade, é fato.
Qual o problema do PSDB? Não ter bons candidatos, não ter bons aliados? Isso é problema do PSDB, não é problema do instituto de pesquisa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Centrais denunciam mentiras de Serra

Independente das eventuais disputas que travam e das pequenas nuances em suas formas de atuação as cinco maiores centrais sindicais do país se uniram e divulgaram manifesto unitário conjunto contra o que consideram mentiras do candidato da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS). Elas só se atém às mentiras relacionadas à sua área.

No manifesto a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Nova Central advertem que Serra se apresenta em campanha eleitoral como "Benemérito dos trabalhadores". Ele se diz responsável pela criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e por tirar do papel o Seguro-Desemprego.



"Não fez nenhuma coisa, nem outra. Aliás, tanto no Congresso Nacional quanto no governo, sua marca registrada foi atuar contra os trabalhadores" afirmam as maiores centrais sindicais brasileiras. No manifesto, elas relacionam mais nove (09 !!!) outros projetos de altíssimo interesse dos trabalhadores que tramitaram na Assembléia Nacional Constituinte (1987/1988), ou tramitaram ou ainda estão no Congresso Nacional que Serra votou contra.



Imaginem se o manifesto se ativesse também a outras áreas e eles tivessem lembrado, ainda, os genéricos que Serra diz ter sido o criador e que não foi. Os remédios foram instituídos no país por projeto do falecido senador Jamil Haddad (PSB-RJ)...

Petróleo do pré-sal: realidade no ES


Mais uma para tristeza dos tucanos e alegria dos brasileiros: começa depois de amanhã (5ª feira) a produção de petróleo em campos do pré-sal pela Petrobras. A estreia será no Espírito Santo, na área de Baleia Franca, a 76 quilômetros da costa, com a presença do presidente Lula e do governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB).

A produção esperada - somente neste campo - é de cerca de 40 mil barris/dia de petróleo. Vale lembrar que o Espírito Santo hoje ocupa o 2º lugar no ranking dentre os produtores de petróleo no nosso país. O governo capixaba calcula que só em seu Estado as reservas do pré-sal tenham um potencial de 12 bilhões de barris.

Na região do chamado Parque das Baleias, encontra-se também o campo de Jubarte (em fase de teste), com potencial de petróleo tanto no pós-sal quanto de pré-sal.

E mais boas notícias:

Em Angola, como uma das empresas num consórcio em que detém 5% de participação, a Petrobras anunciou a descoberta de reservatório que chegam a 500 milhões de barris de petróleo. Já na Bacia de Santos, a Agência Nacional de Petróleo anunciou que no poço chamado Franco, o potencial atinge 50 mil barris por dia. O maior volume encontrado até agora

QUERO DILMA 2

Os últimos 20 anos marcaram a disputa de dois projetos para o Brasil.

João Sicsú: A mídia trata de inventar o pós-Lula por João Sicsú, na revista Inteligência, via Carta Maior
Os últimos 20 anos marcaram a disputa de dois projetos para o Brasil.
Há líderes, aliados e bases sociais que personificam essa disputa. De um lado estão o presidente Lula, o PT, o PC do B, alguns outros partidos políticos, intelectuais e os movimentos sociais. Do outro, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), o PSDB, o DEM, o PPS, o PV, organismos multilaterais (o Banco Mundial e o FMI), divulgadores midiáticos de opiniões conservadoras e quase toda a mídia dirigida por megacorporações.

O projeto de desenvolvimento liderado pelo presidente Lula se tornou muito mais claro no seu segundo mandato – quando realizações e ações de governo se tornaram mais nítidas. O primeiro mandato estava contaminado por “heranças” do período FHC. Eram “heranças” objetivas, tal como a aguda vulnerabilidade externa, e “heranças” subjetivas, ou seja, ideias conservadoras permaneceram em alguns postos-chave do governo. O presidente Lula fez mudanças importantes no seu segundo
mandato: trocou o comando de alguns ministérios e de instituições públicas. E, também, implementou programas e políticas claramente opostos à concepção do seu antecessor. Um exemplo foi o lançamento, no início de 2007, do Programa de Aceleração do Crescimento (o PAC), muito criticado pelos oposicionistas, mas que foi a marca da virada para um projeto de governo com contornos mais desenvolvimentistas.

Os projetos em disputa

O projeto desenvolvimentista estabelece como pilar central o crescimento. Mas, diferentemente de uma visão “crescimentista” que busca o crescimento econômico sem critérios, objetivos ou limites, o projeto liderado pelo presidente Lula busca, acima de tudo, o crescimento social do indivíduo, portanto, é um projeto desenvolvimentista – além de ser ambientalmente sustentável e independente no plano internacional (1).
Já o projeto implementado pelo PSDB pode ser caracterizado como um projeto estagnacionista, que aprofundou vulnerabilidades sociais e econômicas.

O projeto desenvolvimentista tem balizadores econômicos e objetivos sociais. Os balizadores são: (1) manutenção da inflação em níveis moderados; (2) administração fiscal que busca o equilíbrio das contas públicas associado a programas de realização de obras de infraestrutura e a políticas anticíclicas; (3) redução da vulnerabilidade externa e algum nível de administração cambial; (4) ampliaçãodo crédito; e (5) aumento do investimento público e privado.

E os objetivos econômico-sociais do projeto desenvolvimentista são:
(1) geração de milhões de empregos com carteira assinada; (2) melhoria da distribuição da renda; e (3) recuperação real do salário mínimo.

O projeto implementado pelo PSDB e seus aliados no período 1995-2002 tinha as seguintes bases econômicas:

(1) estabilidade econômica, que era sinônimo, exclusivamente, de estabilidade monetária, ou seja, o controle da inflação era o único objetivo macroeconômico; (2) abertura financeira ao exterior e culto às variações da taxa de câmbio como a maior qualidade de um regime cambial; (3) busca do equilíbrio fiscal como valor moral ou como panaceia, o que justificava corte de gastos em áreas absolutamente essenciais; e (4) privatização de empresas públicas sem qualquer olhar estratégico de desenvolvimento.

E os objetivos econômico-sociais eram: (1) desmantelamento do sistema público de seguridade social; (2) criação de programas assistenciais fragmentados e superfocalizados; e (3) desmoralização e desmobilização do serviço público.

Os resultados da aplicação do modelo desenvolvimentista são muito bons quando comparados com aqueles alcançados pelo projeto aplicado pelo PSDB e seus aliados. Contudo, ainda estão distantes das necessidades e potencialidades da economia e da sociedade brasileiras. Logo, tal modelo precisa ser aperfeiçoado – e muito.

Só há, portanto, dois projetos em disputa e um único cenário de embate político real. Não há o cenário chamado por alguns de pós-Lula.
Sumariando, o pós-Lula seria o seguinte: o presidente Lula governou, acertou e errou… Mas o mais importante seria que o governo acabou e o presidente Lula não é candidato. Agora, estaríamos caminhando para uma nova fase em que não há sentido estabelecer comparações e posições em relação ao governo do presidente Lula. Em outras palavras, não caberia avaliar o governo Lula comparando-o com os seus antecessores e, também, nenhum candidato deveria ocupar a situação de oposição ou situação. O termo oposição deveria ser usado pelo PSDB com um único
sentido: “oposição a tudo o que está errado” – e não oposição ao governo e ao projeto do presidente Lula.

O pseudocenário pós-Lula

O esforço da grande mídia para criar esse cenário se torna evidente quando apresentam os principais candidatos à Presidência. A candidata Dilma é apresentada como: “a ex-ministra Dilma Rousseff, candidata à Presidência…” Ou “a candidata do PT Dilma Rousseff…”. Jamais apresentam a candidata Dilma como a candidata do governo ou do presidente Lula. E Serra e Marina não são apresentados como candidatos da oposição, mas sim como candidatos dos seus respectivos partidos políticos. Curioso é que esses mesmos veículos de comunicação quando tratam, por exemplo, das eleições na Colômbia se referem a candidatos do governo e da oposição.
No cenário pós-Lula, projetos aplicados e testados se tornam abstrações e o suposto preparo dos candidatos para ocupar o cargo de presidente se transforma em critério objetivo. Unicamente em casos muito extremos é que podemos, a priori, afirmar algo sobre o preparo de um candidato para ocupar determinado cargo executivo.

Em geral, somente é possível saber se alguém é bem ou mal preparado após a sua gestão. Afinal, o PSDB e seus aliados sempre afirmaram que o sociólogo poliglota era mais preparado do que o metalúrgico monoglota.
Rumos da economia são resultados de decisões políticas balizadas por projetos de desenvolvimento que ocorrem em situações conjunturais concretas. Situações específicas e projetos de desenvolvimento abrem ao presidente um conjunto de possibilidades. Saber escolher a melhor opção é a qualidade daquele que está bem preparado, mas isso somente pode ser avaliado posteriormente. O cenário pós-Lula e a disputa em torno de critérios de preparo representam tentativas de despolitizar o período eleitoral que é o momento que deveria preceder o voto na mudança ou na continuidade.

O voto dado com consciência política é sempre um voto pela mudança ou pela continuidade. Portanto, a tentativa de construir um cenário pós-Lula tem o objetivo de despolitizar o voto, isto é, retirar do voto a sua possibilidade de fazer história. Tentam “vender” a ideia de que a história é feita pela própria história, em um processo espontâneo, e que caberia ao eleitor escolher o melhor “administrador”
da “vida que segue”. No cenário pós-Lula, o eleitor se torna uma vítima do processo, apenas com a capacidade de decidir o “administrador”, sua capacidade verdadeira de ser autor da história é suprimida. A construção de um cenário pós-Lula é a única alternativa do PSDB e de seus aliados, já que comparações de realizações têm números bastante confortáveis a favor do projeto do presidente Lula quando comparados com as (não)realizações do presidente Fernando Henrique Cardoso.

O crescimento e os objetivos macroeconômicos

A taxa de crescimento do PIB a partir de 2006 se tornou mais elevada.
O crescimento a partir daquele ano trouxe uma característica de qualidade e durabilidade temporal: a taxa de crescimento do investimento se tornou, pelo menos, o dobro da taxa de crescimento de toda a economia. Para evitar que o crescimento tenha o formato de um “voo de galinha” economias devem buscar, de um lado, reduzir suas vulnerabilidades e, de outro, elevar a sua taxa de investimento: mais investimento, hoje, representa mais investimento e mais crescimento, amanhã. A taxa de crescimento esperada do investimento (público +
privado) em 2010 é de mais de 18%. O investimento público, considerados os gastos feitos pela União e pelas estatais federais, alcançará mais de 3% do PIB este ano. O presidente FHC teria de governar o Brasil por aproximadamente 14 anos para fazer o crescimento que o presidente Lula fez em oito anos, ou seja, somente teríamos em
2016 o PIB que vamos alcançar ao final de 2010 se o país tivesse sido governado pelo PSDB desde 1995.

O crédito se ampliou drasticamente na economia brasileira nos últimos anos. Em 2003, representava menos que 23% do PIB. Em 2009, alcançou mais de 46% do PIB. O crédito se amplia quando potenciais credores e devedores se sentem seguros para realizar o empréstimo. Os devedores, que são aposentados, pensionistas, trabalhadores e empresas, vão aos bancos pedir um empréstimo quando avaliam que poderão honrar seus compromissos futuros. Aos olhos das empresas, a sensação de segurança sobre o futuro aumenta quando esperam crescimento das suas vendas e, portanto, elevação de suas receitas. Empresas mais otimistas fazem mais empréstimos. E, tanto para empresários quanto para trabalhadores, é o ambiente de crescimento econômico que propicia a formação de cenários otimistas em relação ao futuro.

O ânimo para que trabalhadores, aposentados e pensionistas fossem aos bancos nesses últimos anos pedir empréstimos sofreu duas influências.
De um lado, houve a inovação institucional do crédito consignado que deu garantias aos bancos e reduziu a taxa de juros dos empréstimos (que, aliás, é ainda muito alta) e, de outro, a criação de milhões e milhões de empregos com carteira assinada. Com a carteira assinada, o trabalhador, além de se sentir mais seguro, cumpre o requisito formal para ir ao banco pedir um empréstimo. A carteira assinada oferece segurança econômica e sentimento de cidadania. Cabe, ainda, ser mencionado que os bancos públicos foram instrumentos preciosos para que o crescimento dos anos recentes fosse acompanhado por um aumento vigoroso do crédito. O crescimento, o aumento do investimento e a ampliação do crédito foram alcançados em um ambiente macroeconômico organizado, isto é, inflação controlada, dívida líquida do setor público monitorada de forma responsável e redução da vulnerabilidade externa.

A inflação do período 1995-2003 resultava exatamente da fraqueza externa da economia brasileira. Crises desvalorizavam abruptamente a taxa de câmbio que transmitia uma pressão altista para os preços.
Ademais, nesse período os preços administrados subiam a uma velocidade que era o dobro da velocidade dos preços livres. Diferentemente, a inflação dos dias de hoje é causada por pressões pontuais. Há, contudo, um aumento de preços que tem pressionado de forma mais permanente a inflação: é o aumento dos preços de bebidas e alimentos.
Políticas específicas e criativas para dissolver essa pressão devem ser implementadas.

Entretanto, cabe ser ressaltado que esse tipo específico de inflação se incorporou à economia brasileira devido ao tipo de crescimento que o modelo adotou. Um crescimento com forte distribuição da renda provoca necessariamente aumento acentuado das compras de bebidas e alimentos. A dívida líquida do setor público, como proporção do PIB, cresceu de uma média, por ano, no primeiro mandato do presidente FHC de 32,3% para 50,7% no seu segundo governo. A média esperada dessa relação no segundo mandato do presidente Lula é de 42,7%. A dívida externa foi anulada e a dívida interna dolarizada, zerada. As reservas internacionais que auxiliam na redução da vulnerabilidade externa, hoje, estão em patamar superior a US$ 250 bilhões. No seu segundo mandato, o presidente FHC matinha acumulado em média um montante inferior a US$ 36 bilhões.

Os objetivos socioeconômicos

O crescimento alcançado nos últimos anos tem uma evidente característica de maior qualidade social. Nos oito anos correspondentes aos governos de FHC foram criados somente 1.260.000 empregos com carteira assinada. O governo Lula terá criado de 2003 ao final de 2010 mais que 10.500.000 empregos. Portanto, FHC teria de governar o Brasil por 64 anos para atingir a marca do presidente Lula, ou seja, o PSDB teria de governar o Brasil de 1995 a 2058 para que pudesse criar a mesma quantidade de empregos com carteira criados com a implementação do projeto de desenvolvimento do presidente Lula.

O salário mínimo (SM) é um elemento-chave do objetivo de fazer a economia crescer e distribuir renda. Ele estabelece o piso da remuneraçãodo mercado formal de trabalho, influencia as remunerações do mercado informal e decide o benefício mínimo pago pela Previdência Social. Portanto, a política de recuperação do salário mínimo, além da política de ampliação do crédito, tem sido decisiva para democratizar o acesso ao mercado de bens de consumo. O presidente FHC teria de governar o Brasil por mais 12 anos para alcançar o patamar de recuperação atingido pelo presidente Lula para o SM, ou seja, somente em 2015 o trabalhador receberia o salário mínimo que recebe hoje se o Brasil tivesse sido governado pelo PSDB desde 1995. Em paralelo à criação de empregos com carteira assinada e à política de recuperação do salário mínimo, a ampliação da cobertura e do valor dos benefícios pagos pelo Sistema de Seguridade Social deve ser considerada decisiva dentro do projeto desenvolvimentista.

Em média por mês, durante os dois mandatos do presidente FHC, foram pagos 18 milhões de benefícios. De 2003 a 2009 foram pagos, em média, mais que 24 milhões de benefícios por mês. O valor dos benéficos no segundo mandato do presidente Lula é, em média, 36% maior em termos reais do que era no primeiro mandato do presidente FHC. O Sistema de Seguridade Social brasileiro é um importante elemento que promove crescimento com desenvolvimento porque, por um lado, reduz vulnerabilidades e desigualdades sociais e, por outro, injeta recursos na economia que se transformam diretamente em consumo. Aquele que recebe um benefício previdenciário ou social gasta quase tudo o que recebe imediatamente, gerando consumo, empregos, produção e investimentos.

Em 1995, o montante monetário dos benefícios emitidos ao longo do ano foi de aproximadamente R$ 80 bilhões; em 2009, esse montante alcançou mais que R$ 319 bilhões (ambos os valores corrigidos de acordo com o INPC para os dias de hoje). Nos cálculos referidos anteriormente não estão incluídos os pagamentos feitos pelo programa Bolsa Família, que tem orçamento muito inferior ao Sistema de Seguridade Social. Esse programa precisa ser ampliado para se tornar um elemento mais poderoso do projeto de desenvolvimento. Em 2009, alcançou 12,4 milhões de famílias que foram beneficiadas com R$ 12,4 bilhões, o que equivale a dizer que cada família recebeu aproximadamente R$ 83,00 por mês. A ampliação do Bolsa Família não pode ser oposta à política de fortalecimento do Sistema de Seguridade Social, que engloba a assistência social (aos idosos e aos deficientes pobres) e o sistema de previdência (que emite aposentadorias, pensões etc.). Os miseráveis, os pobres, a classe média e toda a sociedade brasileira precisam de ambos.

Somente para aqueles que pensam que é possível haver desenvolvimento sem crescimento (ou que desenvolvimento é sinônimo apenas de redução de desigualdades de renda) é que um real a mais para o Sistema de Seguridade Social poderia representar um real a menos para o programa Bolsa Família. São os mesmos que opõem os idosos às crianças, o ensino fundamental ao ensino universitário, o setor público ao privado, a regulação econômica às liberdades democráticas e o Estado ao mercado.
Na escassez de crescimento que predominou durante os governos do presidente FHC, apresentavam sempre a solução deveras conhecida:
“focalizar nos mais necessitados” por meio dos serviços do terceiro setor (ONGs), já que o Estado é considerado ineficiente, e mediante as doações de empresas que demonstram “responsabilidade social”.

Os ideólogos da área social da era FHC estavam errados. A experiência recente de desenvolvimento tem mostrado que o aumento do salário mínimo, o fortalecimento do Sistema de Seguridade Social e a ampliação do Bolsa Família conformam um tripé essencial de redução da miséria, da pobreza e das vulnerabilidades sociais, por um lado, e de impulso ao crescimento econômico baseado no mercado doméstico com redução de desigualdades, por outro.

Resultado que deve ser enfatizado

A proporção que os salários ocupam no PIB – ou a distribuição funcional da renda entre trabalhadores e detentores das rendas do capital – é um elemento importante para a avaliação da qualidade social da dinâmica econômica. Esse elemento avalia a capacidade de compra de serviços e bens por parte de cada segmento social produtivo; avalia, portanto, o grau de democratização do acesso ao mercado de bens e serviços. Desde 1995 até 2004, houve um contínuo processo de redução da massa salarial em relação ao PIB. Em 1995, era de 35,2%, em 2004, alcançou o seu pior nível histórico, 30,8%. A partir de então, houve um nítido processo de recuperação. Ao final de 2009, retornou para o patamar de 1995.

Perspectivas: desenvolvimento e planejamento

Há dois projetos em disputa: o estagnacionista, que acentuou vulnerabilidades sociais e econômicas, aplicado no período 1995-2002, e o desenvolvimentista redistributivista, em curso. Portanto, o que está em disputa, particularmente neste ano de 2010, são projetos, já testados, que pregam continuidade ou mudança. Somente no cenário artificial, que a grande mídia tenta criar, chamado de pós-Lula, é que o que estaria aberto para a escolha seria apenas o nome do “administrador do condomínio Brasil”. Seria como se o “ônibus Brasil” tivesse trajeto conhecido, mas seria preciso saber apenas quem seria o melhor, mais eficiente, “motorista”. Se for para usar essa figura, o que verdadeiramente está em jogo em 2010 é o trajeto, ou seja, o projeto, que obviamente está concretizado em candidatos, aliados e bases sociais.

Os resultados da aplicação do projeto estagnacionista durante os anos
1995-2002 e do projeto desenvolvimentista aplicado no período 2007- 2010 são bastante nítidos. Os números são amplamente favoráveis à gestão do presidente Lula em relação à gestão do presidente FHC. Contudo, um alerta é necessário: os resultados alcançados estão ainda muito aquém das necessidades e das potencialidades da economia e da sociedade brasileiras. O primeiro passo de rompimento com a herança deixada por FHC foi o atendimento de necessidades sociais e econômicas. Medidas e programas quase que emergenciais foram implantados. Posteriormente, essas ações foram se transformando em políticas públicas que foram, por sua vez, mostrando consistência entre si e, dia a dia, foram se conformando em um projeto de desenvolvimento. Ao longo do governo do presidente Lula, a palavra desenvolvimento tomou conta dos ministérios, do PT e de demais partidos políticos aliados, tomou conta dos movimentos sociais e retornou ao debate acadêmico.

O próximo passo é consolidar cada política pública como parte indissociável do projeto de desenvolvimento. Mas, para tanto, é necessário pensar, refletir, organizar e planejar. Assim como a ideia de desenvolvimento retornou, agora é hora de retornar com a ideia do planejamento. Uma rota de desenvolvimento somente se tornará segura se estiver acompanhada de planejamento. Políticas públicas devem ter objetivos e metas quantitativas. Devem conter sistemas de avaliação rigorosos para medir realizações e necessidades. É preciso que cada gestor público cultive a cultura da busca de metas – em todas as áreas e esferas: na cultura, na saúde, na educação, na economia etc.
Planejar não significa somente olhar para os próximos cinqüenta anos, significa também planejar cada dia, cada mês, cada ano… De forma detalhada, de forma obsessiva. Sem planejamento, uma trajetória desenvolvimentista promissora pode se transformar em “salto de trampolim”.

(*) O articulista é diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do IPEA e professor-doutor do Instituto de Economia da UFRJ (joaosicsu@gmail.com).

Gastos com publicidade do governo de SP aumentam 156%


Os gastos com publicidade feitos pelo governo de São Paulo mais do que duplicaram em relação às médias mensais de anos anteriores. O estado, administrado pelo PSDB e uma das principais vitrines da legenda na campanha presidencial, gastou nos primeiros seis meses deste ano o equivalente a R$ 141,8 milhões com publicidade e comunicação institucional.

Em reportagem da Folha de S. Paulo são apresentados dados do próprio governo que apontam a despesa na área aumentou R$ 30 milhões comparado com 2009. Analisando as médias do primeiro semestre dos últimos três anos, a média mensal é de R$ 9,2 milhões, contra R$ 23,6 milhões por mês no mesmo período deste ano. O aumento é de 156,5%. Nos primeiros seis meses de 2007, 2008 e 2009, o gasto em publicidade foi de R$19,5 milhões, R$33,5 milhões e R$ 111,8 milhões, respectivamente.

De acordo com a lei que aborda os gastos com publicidade, os custos em ano eleitoral não podem superar a média dos três anos anteriores. O valor médio deve ser diminuído ao final de 2010 porque é vedada a veiculação de propaganda de órgãos e secretarias estaduais nos três meses que antecedem o pleito.

Esse procedimento leva a uma ampliação do gasto nos primeiros meses de anos que têm eleição. Porém, a elevação no caso paulista foi acentuada. Para o governo federal, também houve elevação, mas de 97%.

Fonte: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Emissoras de rádio e TV têm de obedecer a várias normas eleitorais a partir desta quinta (1°)

As emissoras de rádio e televisão do país devem ficar atentas às proibições impostas pela Lei das Eleições (9.504/97) a partir desta quinta-feira (1°). Entre outras vedações, esses veículos de comunicação não podem dar tratamento privilegiado a candidato em seus noticiários nem na programação normal. Também estão proibidos de divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção. Quem desrespeitar as regras fica sujeito ao pagamento de multa que varia de R$ 21.282,00 a R$106.410,00 e, em caso de reincidência, a multa pode ser duplicada.

Confira outras proibições:

Novelas

As novelas, filmes ou minisséries não podem fazer crítica ou referência a candidatos ou partido político, mesmo que de forma dissimulada.

Montagem

As emissoras também estão proibidas de usar trucagem ou montagem de áudio ou vídeo que degradem ou ridicularizem candidato ou partido ou que desvirtue a realidade para beneficiar ou prejudicá-los. Também não podem transmitir programas com esse fim.

Apresentadores

Candidato que já tenha sido escolhido em convenção para concorrer às eleições de 3 de outubro não pode apresentar nem comentar programa. As emissoras também não podem divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, inclusive se a denominação do programa coincidir com o nome do candidato ou com o que ele indicou para uso na urna eletrônica. Se o programa tiver o mesmo nome do candidato, fica proibida a sua divulgação. O candidato que desobedecer a essa regra pode ter o registro cancelado.

Propaganda

As emissoras de rádio e televisão também estão proibidas de veicular propaganda política, inclusive paga, ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato ou partidos.

Imprensa escrita

A imprensa escrita pode emitir opinião favorável a candidato. No entanto, a matéria não pode ser paga. Abusos ou excessos serão apurados e punidos nos termos da Lei 64/90, o que pode levar à cassação do registro e à inelegibilidade do beneficiado. Fonte:TSE

Tonto ou Zorro: "Naõ tenho a menor ideia de nada"

José Serra fez de tudo para evitar a realização da convenção do PSDB em que colocaria em disputa o seu nome e do então governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
O receio de Serra era dividir o partido, e segundo experientes tucanos, o medo de Serra era perder a convenção.
Em dezembro, Aécio surpreendeu a todos e apresentou a carta de desistência a candidatura a presidente, "Deixo a partir deste momento a condição de pré-candidato do PSDB à Presidência da República, mas não abandono minhas convicções e minha disposição para colaborar com meu esforço e minha lealdade para a construção das bandeiras da Social Democracia Brasileira".
Os demotucanos começaram a arquitetar um nome e a insistir com Aécio Neves que aceitasse a ser vice na chapa de Serra. Firme em sua posição, resistindo as pressões do partido e mostrando grande decepção com a não realização da convenção, Aécio se afastou em viagem ao exterior.
Depois de sete meses e mais de vinte possíveis nomes para compor a chapa para disputar a eleição ontem foi anunciado o 26º nome e surpreendendo a todos o DEM indicou para ser o vice de Serra, o deputado carioca Índio da Costa.
Ontem a convenção do DEM em Brasília, Serra foi unanimidade, era criticado por nove entre dez "demos", num encontro cujo clima não era dos mais animadores, dizem até que estava mais para velório do que festa.
Em entrevista a imprensa horas após a indicação Índio da Costa (DEM-RJ) desconversou sobre qual é a principal proposta do tucano, se mostrou surpreso com a situação e disse que é muito "cedo para tudo".
Ao ser questionado sobre os destinos da campanha, se deve sofrer alteração ou não, e quais seriam suas propostas, Índio respondeu ao repórter: "Não tenho a menor ideia de nada".