do Diário de Pernambuco
Vereadores criam cargos para abrigar Liberato e dois ex-parlamentares
Além do experiente Liberato Costa Júnior (PMDB), o vereador Fred Oliveira (PMN) também está cotado para assumir a segunda das três vagas de assessor especial da presidência da Câmara. Como todos os vereadores se manifestaram a favor da permanência do vereador não eleito do PMDB, a criação de mais duas vagas foi a saída que a Casa encontrou para contemplar outros parlamentares derrotados e escapar de uma saia-justa, uma vez que a inclusão de somente um nome soaria como privilégio.
Augusto Carreras (PV) disse que os nomes serão definidos pela mesa diretora da próxima legislatura, mas confirmou que o perfil esperado pela Casa é “de um ex-parlamentar”. Os status dos cargo (incluindo o salário de R$ 5,6 mil) é equivalente ao de um diretor do órgão legislativo e a idéia é que eles atuem como consultores da próxima presidência da Câmara.
Os assessores especiais não terão estrutura de gabinete própria e tampouco poderão nomear funcionários. “Eles terão que ter experiência parlamentar, política e administrativa. É quase um consenso na Casa de que Liberato (Costa Júnior) deve continuar contribuindo para a cidade”, disse Carreras, negando que outros dois nomes já tenham sido escolhidos.
Segundo informações de bastidores, a nomeação de Fred Oliveira (PMN) também é tida como certa. Contando com prestígio entre os colegas, o vereador não se candidatou à reeleição e se encaixaria bem no papel de pavimentar um diálogo entre os vereadores do chamado ‘baixo clero’ (apesar de não pertencer ao grupo) e a presidência. Com larga experiência na Câmara, Oliveira desistiu da candidatura e seria recompensado.
A terceira vaga ainda estaria em aberto, à espera da definição do secretariado do prefeito eleito do Recife, João da Costa (PT). Um dos três vereadores do PT que não foram reeleitos (Henrique Leite, Mozart Sales e Luiz Helvécio) poderiam preencher o cargo, caso não sejam contemplados na montagem da próxima gestão. Correndo por fora na busca pela terceira vaga também estaria o vereador João Alberto (PSDB), que teve a candidatura negada pelo partido e não pode concorrer à reeleição.
Uma das assessorias criadas pode atender Fred Oliveira
Verba - Principal foco do escândalo das notas frias deflagrado há três meses após uma auditoria do Tribunal de Contas (TCE), a verba de gabinete destinada ao custeio da atividade parlamentar foi reduzida em mais de R$ 10 mil. Na prática, a Câmara acabou restringindo o raio de serviços que pode ser ressarcidos através do repasse mensal, cujo valor caiu de R$ 14.365,00 para R$ 4,6 mil.
A partir de 2009, os serviços de combustível e alimentação serão oferecidos através de empresas escolhidas através de licitações abertas pela própria Câmara, o que explica a redução da verba. Para ter acesso aos dois serviços, os vereadores devem ganhar tíquetes-combustível equivalentes a aproximadamente R$ 2 mil, além de tíquetes-refeição de até R$ 3 mil mensais. Os tíquetes terão validade e só serão aceitos em postos de gasolina e restaurantes conveniados. “Não deve haver sobras. O cálculo será feito para que o limite de gastos fique bem abaixo do anterior”, disse Augusto Carreras.
Já a verba de gabinete propriamente dita (R$ 4,6mil) será destinada exclusivamente a despesas com material de expediente, aluguel de escritório, além de pagamento de taxas (telefone e água) e pagamento de impostos (IPTU). As prestações de contas dos vereadores envolvendo a verba também serão divulgados no site da Câmara Municipal (www.camara.recife.pe.gov.br) a partir de dezembro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário