quarta-feira, 19 de novembro de 2008

BNDES, o exemplo; bancos privados, uma vergonha

Enquanto o BNDES cria uma linha especial de crédito de R$ 500 milhões para buscar uma saída para a inadimplência dos agricultores - que financiaram máquinas e equipamentos pelo Moderfrota-Finame -, os bancos privados, com a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) à frente defendendo a medida, mandam executar os agricultores, seqüestrar judicialmente suas máquinas e equipamentos e inscrever o nome dos inadimplentes no cadastro negativo. Esse é o Brasil real que precisa ser mudado. As afirmações do porta-voz da FEBRABAN, Ademiro Vian, em resposta aos protestos do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, dão bem uma idéia do que acontecerá no dia em que o país e a nação precisarem dos bancos numa emergência nacional.Segundo Vian, não cabe aos bancos a tarefa de "assegurar renda mínima ao produtor", ou outra frase sua ainda pior: "mesmo quando é parceiro, banco não deixa de ser banco." Para logo depois concluir com essa pérola: "Isso significa que análise de crédito sempre terá como base a capacidade de pagamento."Ou seja, em outras palavras, o que diz Vian é salve-se quem puder, desde que o sistema bancário e financeiro se salve. Com ajuda do Estado e do Governo, é obvio.

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