terça-feira, 10 de março de 2009

Serra e Aécio boicotam construção de 1 milhão de moradias populares

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reuniu na última terça-feira (3) os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do Paraná, Roberto Requião, de São Paulo, José Serra e de Minas Gerais, Aécio Neves, para uma reunião com o objetivo de apresentar a proposta do governo federal de construir um milhão de moradias até 2010. Participaram da reunião, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Paulo Bernardo, e das Cidades, Márcio Fortes.

O projeto prevê que estados e municípios disponibilizem terrenos e a Caixa Econômica Federal e demais bancos, com recursos da poupança, financiem os imóveis. O governo sugeriu aos governos estaduais a promoverem medidas de incentivo para a compra de materiais de construção. Outra medida do projeto, além da redução de impostos, é acabar com o seguro cobrado de pessoas idosas. Este seguro torna as casas 37% mais caras para as pessoas com mais de 60 anos.

Segundo Dilma Rousseff, o programa prevê a concessão de subsídio integral (redução total de custos) no financiamento da casa própria - pela Caixa Econômica Federal -para a população com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 1.395). Sérgio Cabral elogiou a iniciativa do governo e disse que o projeto é ousado, ressaltando que as prestações terão valor “simbólico”. O total do financiamento subsidiado poderá ficar em até 10 salários mínimos (R$ 4.650).

Para Roberto Requião, “a proposta é muito boa. Ficou claro que os recursos existem e podem ser liberados”. O governador dor lembrou que o custo das casas no Paraná é até três vezes menor do que em São Paulo. Por isso, ele defendeu que sejam criados vários modelos habitacionais dentro do programa.

Os governadores José Serra e Aécio Neves criticaram o projeto e disseram que não pretendem implementar os incentivos fiscais em seus estados. Aécio listou vários obstáculos para construir casas em Minas até 2010 e chegou a pedir que os recursos fossem repassados para os governadores ao invés de serem enviados diretamente para os municípios. “Nada contra a paternidade do projeto”, disse.

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