terça-feira, 23 de março de 2010

Aécio não dará sossego nem trégua a Serra

Enquanto o candidato da oposição à presidência da República, o ainda governador de São Paulo (até o próximo dia 2) José Serra (PSDB-DEM-PPS) enfrenta uma greve de professores e mantém-se irredutível, recusando-se a recebê-los e a negociar - pelo contrário, reprime as manifestações da categoria - seu cordial inimigo governador de Minas, Aécio Neves (PSDB) faz bondades.

A nove dias da saída do cargo, dá aumento salarial de 10% a 15% a 900 mil servidores públicos e aposentados de Minas e deita falação. Fez um "esforço hercúleo" para conceder esse reajuste, mas conseguiu concedê-lo "acima das expectativas" diz Aécio. Mineiramente, critica indiretamente o colega paulista que sequer admite negociar com os representantes do magistério de São Paulo, categoria que reúne 210 mil professores.

Já "cantei" isso aqui antes: Aécio não esquecerá e Minas não perdoará jamais a forma autoritária com que ele e os mineiros foram alijados da disputa presidencial desse ano por Serra e pelo tucanato paulista.

Uma observação pertinente: na oposição ninguém acusa o aumento concedido por Aécio a nove dias de deixar o governo, de eleitoreiro; ou de infringir a legislação; ou de propaganda ilegal; ou mesmo de demagogia. Tampouco se lembra de recorrer à justiça eleitoral.

Já se fosse o presidente Lula ou um governador ou prefeito do PT que o concedesse, a reação seria muito diferente.Seria até manchete no Jornal Nacional; "Presidente dá aumento eleitoreiro, que infringe a legislação" ...e por ai iam...

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